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Morte de Whitney Houston pode não ser esclarecida, dizem peritos
Especialistas dizem que a ciência forense não é como em séries de TV

Drogas? Bebida? Suicídio? Afogamento? A especulação sobre a causa da morte súbita de Whitney Houston começou logo que a cantora foi encontrada, no sábado (11). Mas é preciso evitar conclusões precipitadas.

Casos de overdose de remédios podem nunca ser explicados, por exemplo

Peritos médicos dizem que vai levar semanas para estabelecer de modo determinado a causa da morte de Whitney e, ao contrário do que mostram seriados de televisão, às vezes a ciência é falível.
"Suspeito que a mídia popular tenha tornado os exames toxicológicos quase tão mágicos quanto todo o resto", disse à Reuters o Dr. Andrew Baker, presidente da Associação Nacional de Examinadores Médicos, dos Estados Unidos.
"Tenho certeza de que há séries de TV em que eles esguicham sangue em uma máquina e cinco segundos depois obtêm um documento com todas as drogas que a pessoa tomou. (Mas) não funciona desse modo", disse Baker, que também é chefe do setor de exames médicos do Condado Hennepin, no Estado de Minnesota.
Como foi o caso de Michael Jackson em 2009, ou da cantora britânica Amy Winehouse no ano passado, exames toxicológicos estão agora sendo feitos em Whitney e podem se passar até oito semanas para que deem um resultado.
A suspeita inicial sobre a morte de Whitney aos 48 anos na tarde de sábado em um hotel de Beverly Hills era a de uma overdose de drogas, por causa do histórico dela de vício em drogas e álcool.

"Primeiro achei que ela tivesse tido uma overdose de crack ou cocaína", disse Mark McBride, advogado de Beverly Hills.

Uma autópsia foi realizada no domingo por legistas de Los Angeles e na segunda-feira a polícia confirmou que Whitney havia sido encontrada submersa em uma banheira. Medicação vendida sob prescrição também foi achada em seu quarto. O cunhado da cantora, Billy Watson, rejeitou que ela tivesse cometido suicídio.

O dr. Baker, que não está envolvido na investigação da morte da cantora, disse que as autópsias iniciais são boas para estabelecer ou descartar causas de morte como trauma, doenças cardíacas, aneurisma ou rupturas do cérebro.

"A autópsia deve descartar 95% das coisas", disse. "Mas quando se trata de diagnosticar qualquer tipo de envenenamento ou intoxicação ou overdose, fica por conta dos exames de laboratório".

Autópsia


As autoridades de Los Angeles se recusam a divulgar os resultados da autópsia inicial de Whitney ou responder a qualquer especulação sobre por que ela morreu.

"Por respeito à sra. Houston, eles querem estar certos quando anunciarem a causa da morte. Não querem participar na divulgação de informação errada", disse McBride.

Mas algumas mortes nunca serão explicadas pela ciência.

"Em casos de overdose medicamentosa, (algumas vezes) não se consegue dizer se foi acidente ou suicídio... Muitas pessoas tomam remédios em longo prazo e não se pode dizer o quanto são tolerantes. Muitas pessoas têm um histórico médico ambíguo, ou depressão ou precisam de medicação para dores", disse.
FONTE: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/02/morte-de-whitney-houston-pode-nao-ser-esclarecida-dizem-peritos.html


MARIA HELENA BROMBERG



Morte não é castigo
A psicóloga Maria Helena Bromberg desvenda os tipos de perdas e diz que a cultura ocidental estimula a idéia do fim da vida como punição
JANETE LEÃO FERRAZ
 
Primeira brasileira a tornar-se mestra e doutora em psicoterapia de pessoas enlutadas, a psicóloga Maria Helena Bromberg, 48 anos, até há pouco tempo era vista por pacientes e até colegas como uma espécie de "Mortícia Adams". Ela se dedica há uma década à pesquisa sobre a morte e suas consequências nos vivos. Professora da disciplina Luto e Morte na Família e orientadora do pós-graduação de Psicologia da PUC de São Paulo, ela dirigiu a clínica Ana Maria Popovic, também da PUC, onde criou o Laboratório de Estudos e Intervenções Sobre o Luto (LELu). Para ela, não é somente a morte que causa a dor do luto. "Nos enlutamos diante de pequenas perdas ao longo da vida, a começar pelo desmame de nossa mãe", explica. Maria Helena é discípula do terapeuta inglês Colin Murray Parkes, a maior autoridade em pesquisas sobre luto no mundo, cujos livros só podem ser traduzidos para o português por ela. Autora de A psicoterapia em situações de perdas e luto, Maria Helena também trata "lutos" por aposentadoria, imigração, amputação e aborto. Hoje dedica-se também à pesquisa sobre o luto coletivo, seja por morte de ídolos ou pela violência que vem tornando os cidadãos cada vez mais enlutados. Ela reconhece que não é fácil, mas há saídas. "É possível conviver com os lutos e ser feliz", acredita.
Istoé - Por que a sra. se especializou nesse assunto?
Maria Helena Bromberg - Comecei a me perguntar por que as pessoas são tão apegadas a ponto de não sobreviver à morte ou à perda de alguém. Perdi minha mãe quando era pequena, um irmão já adulta, a quem eu era muito apegada. E, recentemente, minha irmã. Tenho um histórico respeitável.
Istoé - Estudar a morte lhe deu preparo para enfrentar as perdas?
Maria Helena Bromberg -  A saudade dói do mesmo jeito, mas tenho um conforto porque, quando enfrentamos a morte, aprendemos a aproveitar melhor a convivência em vida.
Istoé - Por que as pessoas temem esse assunto?
Maria Helena Bromberg - É a única certeza que se tem, mas nossa cultura não incorpora a morte como parte da vida. Pensa-se nela como castigo e é comum ouvirmos comentários como: "Ele era tão bom, por que morreu?" Morte é afastamento, silêncio, nunca mais.
Istoé - Em que idade nos damos conta de que a morte é inexorável?
Maria Helena Bromberg -  Desde que nascemos sofremos perdas e lutos, não necessariamente ligados a mortes. A psicanálise acredita que a criança vive seu primeiro luto ao ser desmamada pela mãe. Depois, ouve ameaças de perdas como "Mamãe vai embora", "Você vai ficar de castigo". Há semelhança da ausência, da falta, com o final da vida.
Istoé - Somos ensinados a não considerar a morte como fato?
Maria Helena Bromberg - Na cultura ocidental sim. Talvez por conta do pecado original. Pressupõe-se que se fez algo horrível e a morte é a punição. Adão e Eva, depois de cederem ao pecado, foram castigados tornando-se mortais. Há ainda o medo do desconhecido. Pacientes terminais querem saber o que vai acontecer quando a vida acabar. Os que se apóiam em alguma crença se sentem de alguma forma amparados.
Istoé - Quais são as outras perdas que geram o luto?
Maria Helena Bromberg - Toda perda gera luto. O divórcio, a aposentadoria, a imigração, a mutilação, o aborto, a menopausa, a impotência.
Istoé - Por que a imigração?
Maria Helena Bromberg -  As pessoas chegam a um novo lugar, perdem suas raízes, sua identidade e sua independência. Estamos estudando o comportamento dos dekasseguis, quando voltam ao Brasil. Há muitos traumas.
Istoé - Que tipo de luto gera a aposentadoria?
Maria Helena Bromberg -  A perda da identidade. O aposentado perde a área de influência. A casa funcionou durante 30 anos sem que ele desse palpites. No começo é uma lua-de-mel. A pessoa fica exultante e diz que agora vai viver. Engana-se. Atuava no trabalho, não atua mais. Em casa, ninguém o ouve. Então vai jogar dominó. É comum adoecer.
Istoé - E por amputação?
Maria Helena Bromberg -  Causa reações variadas. No amputado falta literalmente uma parte. Ele tem que fazer uma transição para se aceitar sem aquele pedaço.
Istoé - O velejador Lars Grael, que sofreu a amputação de uma perna, evitou o luto?
Maria Helena Bromberg - ´Pela imprensa, notei que a coisa mais importante no processo dele foi a luta pela sobrevivência. Ele permanece ativo, que é uma forma de não ficar velando a perda. Avaliamos uma tese sobre amputação, que concluiu que o desafio é se adaptar à prótese. Há lutos complicados em acidentados que não podem usar próteses ou que ficam paraplégicos.
Istoé - Qual é o medo maior, morrer ou perder alguém?
Maria Helena Bromberg - Difícil dizer. Quando uma mãe diz que morreria no lugar do filho, não pensa que se fosse ela o filho sofreria. Além do temor, há culpas, ressentimentos, medo do futuro sem a pessoa. São emoções ambíguas, impasses.
Istoé - Por que muita gente adoece por luto?
Maria Helena Bromberg - Por conta das ocorrências psicossomáticas. As manifestações mais frequentes são os distúrbios de sono e de alimentação. Depende do grau de enlutamento. Do que afeta no cotidiano. Alguns enlutados não conseguem mais trabalhar. Outros, apresentam distúrbios de atenção e memória. Há pessoas que ficam suscetíveis a acidentes. Crianças podem apresentar problemas na escola.
Istoé - O temor da morte tem idade?
Maria Helena Bromberg -  Não. Todos tentam evitar o assunto, até discriminam. Inúmeras vezes pessoas me olharam como se eu fosse uma pessoa nefasta. Pensam que sou gótica, dark. Mas não sou nada disso. Sou uma pessoa normal.
Istoé - Criança lida melhor com o luto?
Maria Helena Bromberg - Pode ser, mas é necessário que ela conceitue o que é morte. Absorva aspectos como universalidade. Ou seja, todos vamos morrer. Também a irreversibilidade: quando morre, não "desmorre". E por último a causalidade. Isto é, morreu porque aconteceu alguma coisa. A criança consegue integrar isso no começo da adolescência. Antes, ela pode achar que rezando a pessoa desmorre. Ela tem exemplos nos desenhos animados ou joguinhos virtuais. Seus heróis têm muitas vidas. É importante dizer à criança que o jogo é legal, mas não é real. Os adultos não favorecem essa percepção e preferem evitar o assunto.
Istoé - Por que o adulto faz isso?
Maria Helena Bromberg -  Muitas vezes por medo ou por não saber o que dizer. Ele pode estar enlutado também. Se há uma perda na família, a criança tem que ser comunicada. Para o adulto fragilizado, falar é difícil. Na percepção global, morte é uma coisa não cotidiana, e o adulto tende a achar que não é assunto de criança. Mas ela quer esclarecimentos.
Istoé - Esclarecer torna a criança mais preparada?
Maria Helena Bromberg - Sim. O adulto tende a subestimar as perdas infantis. A queda do sorvete ou a quebra do brinquedo, em termos de dor, é incomparavelmente menor frente à perda de alguém querido, mas é uma situação que faz a criança pensar sobre limites, frustração e reversão de expectativa.
Istoé - Qual o pior tipo de luto?
Maria Helena Bromberg -  Há quatro aspectos: a pessoa que morreu, o tipo de morte, o suporte psicossocial que o enlutado tem e a sua estrutura psíquica. Se tem histórico de perdas, os problemas psíquicos podem incapacitá-lo para enfrentar mais essa. Julga-se que o luto mais difícil é o da morte de filho por suicídio. Mas como diz a música de Caetano Veloso, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Istoé - A morte de um bicho de estimação pode ser tão devastadora?
Maria Helena Bromberg -  Pode, só que aí entra na categoria de luto não franqueado. Esse luto espanta. "Onde já se viu chorar tanto por um cachorro. Se ainda fosse um filho vá lá", costumam dizer.
Istoé - Há outros lutos assim?
Maria Helena Bromberg - A perda do parceiro por Aids também não tem receptividade. Morte do ou da amante. O aborto (provocado ou não), que é visto como um não evento.
Istoé - Como assim?
Maria Helena Bromberg -  No aborto não aconteceu o nascimento nem a morte convencional. A reação das pessoas é minimizar a perda. Falam: "Não se preocupe, logo você tem outro." Fizemos uma pesquisa com 60 mulheres adultas que tinham abortado na adolescência. Isso redundou até em esterilidade. A mulher pode ter um trauma psicológico e não engravidar novamente.
Istoé - O luto não autorizado influencia a futura mãe?
Maria Helena Bromberg -  Sem dúvida. Atendi uma família que trouxe a filha adolescente para a terapia por achar que ela estava rebelde. Na entrevista com mãe e filha ficou clara a dificuldade de relação entre elas. A mãe não se sentia confortável. Superficialmente, pareciam conflitos típicos de adolescente, mas havia algo mais. O segredo era um aborto que a mãe fizera antes de a menina nascer, um luto que a mãe carregava ainda.
Istoé - E como tratar isso?
Maria Helena Bromberg - Mais profundamente com a mãe. Ao fim ela resolveu revelar o segredo e livrou-se do peso. Parece mágico, mas não é. Foi um processo longo e doloroso para ambas, o que dá para dimensionar como a coisa se arrasta.
Istoé - Existe um tempo padrão para superar o luto?
Maria Helena Bromberg -  Essa é uma questão temerária. Pode-se achar que morrer ou perder alguém acontece numa boa porque o tempo é o melhor remédio.
Istoé - E não é?
Maria Helena Bromberg - o tempo ameniza a dor, mas também é capaz de gerar um luto crônico. O que poderia ser uma passagem de um estado para outro, pode permanecer na tristeza. No luto crônico, quanto mais o tempo passa, pior fica. É também chamado de luto complicado.
Istoé - Há mais tipos de luto complicado?
Maria Helena Bromberg -  Tem o adiado, aquele que a pessoa diz que está bem, não encara o sofrimento, chega a ficar eufórico. Um dia morre o peixinho da irmã da vizinha e ela desaba.
Istoé - Não existe o luto adiado para sempre?
Maria Helena Bromberg - Não. As pessoas têm que realizar suas perdas. Há um estudo feito na Inglaterra, a partir dos prontuários de pacientes psiquiátricos, em que se pesquisou a vida deles. Havia uma alta incidência de perda de pai ou mãe na infância. Eram pacientes com quadros psiquiátricos severos. Este é um exemplo de que o luto não realizado pode se manifestar não só na tristeza padrão, mas em doenças psiquiátricas. É diferente do luto distorcido, em que a pessoa aparenta estar bem, mas não está. Tem filhos para criar, trabalho e não consegue dar conta de tudo. Então disfarça.
Istoé - E sobre o tempo de duração do luto?
Maria Helena Bromberg -  Trabalhamos por um parâmetro de um ano, mas não é regra. Há datas marcantes como o primeiro aniversário da pessoa que morreu. O primeiro Natal, etc. São situações de celebração que, depois da perda, marcam a ausência. Isto é positivo porque faz com que a pessoa se dê conta da realidade da perda. É importante que essas datas não sejam negadas. Quando completa um ano da morte, acontece um fenômeno chamado "reação de aniversário". Revive-se o ano que passou, a dor. Se perguntam por que estavam melhor e a dor voltou com tudo?
Istoé - E a partir daí muda a relação com a perda?
Maria Helena Bromberg -  Do ponto de vista da terapia, é muito importante que se possa trabalhar o enlutado durante o primeiro ano da perda para o terapeuta estar junto nesses momentos. Do ponto de vista clínico, é muito mais complicado quando o enlutado chega ao consultório depois de cinco, dez anos da perda. As coisas estão mais cristalizadas. Quando entra no segundo ano, faz um certo platô emocional, sem que tudo tenha sido elaborado.
Istoé - Então, depois de uma grande perda, é possível ser feliz?
Maria Helena Bromberg -  É claro, mas precisa ressaltar que o enlutado odeia pensar que vai esquecer o ente que morreu. Ele não pode nem quer esquecer. A terapia trabalha na transformação dessa ausência numa memória. Porque o morto vive na memória de quem conviveu com ele. Esquecer é aterrorizante porque é não ter mais. A memória é saudável.
Istoé - E por que algumas pessoas não se recuperam? Há quem tenha morrido de tristeza. A terapia pode reverter isso?
Maria Helena Bromberg -  Depende do tipo de relacionamento que a pessoa tinha com o morto. Tem dependência que se manifesta em coisas sutis do cotidiano, que no dia-a-dia não se percebe. Há viúvas, por exemplo, que não sabem sequer que roupa usar, que nunca tomaram decisões com relação à família. Era sempre o marido quem fazia. Muitas vezes tem um lado fraco e um forte. Se o fraco morre, o outro vai precisar de alguém que substitua aquela dependência que classificamos de cuidadora.
Istoé - E as pessoas que desabrocham depois de enviuvar?
Maria Helena Bromberg -  A sociedade é muito crítica em relação à viúva bem mais do que ao viúvo. Pode ser um luto bem-resolvido ou nos levar a pensar no que aquele casamento representava. Podia representar opressão. Ela solta seus grilhões. Atendi muitas mulheres que floresceram depois de enviuvar. Elas constroem uma nova identidade. É saudável perceber que depois de uma perda a pessoa fica diferente. Quando ela busca ser como era antes, se coloca num caminho impossível.
Istoé - E os lutos coletivos, como foram os de Ayrton Senna e Lady Di?
Maria Helena Bromberg - Há dois aspectos. Um é o do papel da mídia na intensificação desses lutos. O outro é a dor da perda do ídolo refletida na vida de cada um. Quando o Senna morreu, choramos nossas perdas, pequenas e grandes. Perdas relacionadas ao orgulho de ser brasileiro, aos fracassos de cada um. A perda do filho que tinha a mesma idade dele. Fui à Inglaterra para os funerais da princesa Diana. O choro daquela gente não era só porque a princesa era querida. Mulheres choraram seus lutos pela princesa e por maridos inoperantes, traidores, jovens choraram por pais omissos. Cada um deságua seus lutos quando um ídolo se vai. Ainda que inconscientemente.

FONTE: http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/30251_MORTE+NAO+E+CASTIGO

3º SIMPÓSIO DE MORTE E MORRER


Tema: “É preciso falar da morte enquanto há vida”.

Uma tarde com a palestrante Maria Júlia Kovacs. Palestras, mesa redonda e tarde de autógrafos.

Dia 8 de Abril, de 13h às 18h.

Local: Auditório da Vara da Infância e Juventude, na 909 Norte, Brasília, DF

Investimento:

Profissionais: R$ 80,00

Estudantes: R$50,00

Com certificado de participação.

Realização: Instituto Agilità de Psicologia e Instituto Chamaeleon

Palestrante: Maria Júlia Kovács

Professora Associada, Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade, USP
Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1989). Atualmente é professora livre docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Os temas de estudo e pesquisa são: morte, luto, bioética, formacao de profissionais de sáude e educação. Concluiu livre docência em 2002 com a tese: Educação para a Morte: Desafio na formação de profissionais de saúde e educação. Coordena o Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da USP.

Os seus projetos de pesquisa e docência têm relação com a área de tanatologia, inclusive contando com importantes publicações na área que já se tornaram leitura obrigatória no ramo. Ministra disciplinas na graduação e pós-graduação abordando temas como representações e atitudes frente à morte, conceito e vivência de morte em crianças, adolescentes, adultos e idosos, experiências de perda/morte, separação e o processo de luto, comportamentos autodestrutivos e o suicídio, o paciente "terminal" e a questão da morte, o psicólogo e o trabalho como problema da morte na formação do psicólogo, bioética nas questões da vida e da morte. Atualmente tem desenvilvido pesquisas na área de psico-oncologia, cuidados à pacientes gravemente enfermos e com profissionais de saúde que cuidam desses pacientes. Coordena o Laboratório de Estudos Sobre a Morte - LEM-USP. O Laboratório tem como um de seus objetivos a produção de filmes didáticos sobre o tema da morte, dentre os quais se destaca a coleção Falando da Morte.

Última atualização do currículo em 02/12/2010

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/3630610578226144

PROGRAMAÇÃO

13h - Credenciamento 

13h30 - Abertura

13h45 - Palestra de abertura

É preciso falar da morte enquanto há vida

Palestrante: Maria Júlia Kovács

15h - Debate

15h15 - Mesa Redonda

Mortes Violentas: impacto no contexto familiar

15h15/15h40 - Paola Brocchi, psicóloga do Centro de Tratamento do Câncer Acreditar

Os pacientes oncológicos

15h40/16h - Dra. Sandra Mello, delegada da Delegacia da Criança e do Adolescente do Distrito Federal - O Abuso Infantil

16h/16h20 - Maria Júlia Kovács, psicóloga, coordenadora do laboratório de estudos sobre a morte da USP. O suícidio.

16h20/16h40 - Dra. Maria Thereza Sarto Piccolo(CRM-DF 15416, médica da Clínica Nelson Piccolo, de pacientes queimados.

16h40/17h - Debate

17h - Encerramento e Abertura da Tarde de Autógrafos com Maria Julia Kovacs.

18h - Entrega de certificados

Diretora Beatriz Schwab, Cerimonialista Lincon e Dra. Maria Júlia Kovács 

Gláucia Amantéia e Lincon
                                        
    Recebendo Placa de Homenagem


Psicóloga Cíntia Marques e Beatriz Schwab
 

Paola Brocchi, psicóloga do Centro de Tratamento do Câncer Acreditar


Psicóloga Cíntia Marques e a Coach Maria Eugênia


Psicóloga Solange Pereira do Amaral















Tarde de Autógrafos com a Dra. Maria Júlia Kovács

Mais um evento de sucesso do Instituto Agilità 

 
Idoso comete suicídio por não querer abandonar casa em Fukushima
France Presse


Um homem de 102 anos cometeu suicídio em um vilarejo perto da central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) porque não aceitava a ideia de abandonar a casa, informou a agência de notícias Jiji Press.

O idoso, que era o decano do vilarejo de Iitate, a 40 km de Fukushima, se matou depois de falar sobre a saída com a família.

Iitate é uma das cinco localidades que o governo nipônico incluiu esta semana na zona de segurança de 20 km instaurada inicialmente ao redor da central nuclear em consequência dos riscos de radioatividade.

Milhares de pessoas já foram obrigadas a abandonar a região de Fukushima por causa das radiações emitidas pelos reatores danificados pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Um morador de Iitate, entrevistado por telefone, confirmou a morte do idoso, mas declarou que não podia confirmar se foi suicídio.
Adolescente planeja o próprio funeral após câncer raro
Cirurgia retirou 80% do tumor do braço esquerdo de Donna Shaw, de 17 anos (Foto: PA / via BBC)

Donna Shaw, de 17 anos, já escolheu músicas e até as cores das flores para a cerimônia.

Cirurgia retirou 80% do tumor do braço esquerdo de

Donna Shaw, de 17 anos (Foto: PA / via BBC)Uma adolescente britânica está planejando seu próprio funeral e o que ela quer fazer nos últimos meses de vida, após descobrir que não há mais tratamento para seu câncer nos ossos. Donna Shaw, de 17 anos, foi diagnosticada em fevereiro de 2010 com Sarcoma de Ewing, uma forma rara de tumor ósseo maligno que atinge principalmente crianças e adolescentes.

Após passar por uma cirurgia que retirou 80% do tumor principal em seu braço esquerdo, ela fez um tratamento de quimioterapia, mas em janeiro deste ano recebeu a notícia de que os remédios não estavam funcionando e que o câncer havia se espalhado.

A mãe de Donna, Nikki Parker, de 45 anos, disse que a filha é uma "inspiração" para todos a seu redor e já escolheu cada detalhe do funeral. "Ela escolheu tudo: as músicas, ela tem um vídeo dela que ela quer que seja exibido no funeral e as cores das flores."

"Na verdade, isso facilitou as coisas. Eu sei que parece bobagem, mas o fato de que ela está sendo tão forte ajuda", disse Donna, que pediu demissão de seu trabalho em um restaurante para cuidar da filha. "Esses são os últimos desejos de uma menina de 17 anos e isso é o que vai acontecer quando chegar a hora."

A mãe de Donna, Nikki Parker, diz que escolha da

filha ameniza o sofrimento. (Foto: PA / via BBC)Música e skate

A mãe da adolescente disse que quando recebeu a notícia de que o tratamento não estava funcionando, Donna "chorou, xingou e gritou e depois aceitou". A família não sabe quanto tempo de vida a jovem tem, mas ela planeja ver um show do grupo Westlife em março e dos skatistas Torvill e Dean em abril, se estiver bem o suficiente.

Segundo Donna, planejar o funeral lhe dá forças, mas ainda assim quando vai dormir, ela fica assustada. "Não tenho medo de morrer. Tenho medo de deixar minha família", diz ela. "É duro não saber quando (vou morrer) mas eu sou uma lutadora. Tenho uma sobrinha que vai nascer em abril, então ainda vou estar por aqui até lá."

Fonte:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/adolescente-planeja-o-proprio-funeral-apos-cancer-raro.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

Tímida de 18 anos dá primeiro beijo e morre minutos depois


Jemma Benjamin, 18 anos, elegeu o colega de universidade Daniel Ross, de 21, para dar o primeiro beijo na boca da vida, marcando o início do namoro dos dois. Só que minutos depois do beijo, a jovem tímida morreu de forma fulminante no sofá da casa de Daniel, em Treforest (Inglaterra).

A jovem, que praticava natação e era uma atleta exemplar do time de hóquei da universidade, não sabia sofrer de uma condição cardíaca rara - síndrome da morte súbita por arritmia. Daniel chamou socorro e tentou reanimar a namorada, mas não obteve sucesso. Os médicos disseram que ele nada podia fazer.

O casal se conhecia há três meses e o primeiro beijo era muito aguardado. Jemma não tinha histórico de problemas cardíacos, segundo reportagem do "Daily Mail". O caso aconteceu em 2009, mas os detalhes só foram revelados agora pelo inquérito que apurou a morte.

FONTE: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2011/02/10/timida-de-18-anos-da-primeiro-beijo-morre-minutos-depois-362377.asp
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Jornal Lotus Bem Estar  nº 264 Dez/Jan 2011.
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ARTIGOS
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Jornal Lotus Bem Estar Nº 261 - Setembro 2010 - pag. 02

 Cissa Guimarães desabafa sobre a morte do filho Rafael Mascarenhas 28/07/2010 - 10:32 - Extra
Cissa Guimarães desabafa sobre a morte do filho Rafael Mascarenhas
Centenas de parentes, amigos e curiosos lotaram a Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, durante a missa de sétimo dia do filho da atriz, Rafael Mascarenhas
“A sensação que tenho é de que meu filho está mais vivo do que nunca. Quem morreu fui eu. Estamos falando da minha morte”, disse a atriz Cissa Guimarães, num desabafo emocionado à revista “Quem Acontece” sobre a perda do filho Rafael. Sobre os responsáveis pelo atropelamento e morte do jovem, ela disse que a vida deles está destruída: - Eles estão nas trevas, na escuridão total – disse a atriz à revista “Quem”.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/07/27/cissa-guimaraes-desabafa-sobre-morte-do-filho-rafael-mascarenhas-quem-morreu-fui-eu-917256053.asp

Harriet Richardson Ames disse estar feliz por realizar um velho sonho.
Ela sempre ensinou, mas só conseguiu se formar oficialmente agora.
A norte-americana Harriet Richardson Ames formou-se bacharel em educação aos 100 anos, na última sexta-feira (22) no estado americano de New Hampshire, mas não "aproveitou" o diploma: ela morreu no dia seguinte.
Harriet morreu três semanas depois de completar seu centésimo aniversário, em 2 de janeiro. Ela recebeu o diploma de professora, um velho sono, em sua cama, pouco antes de morrer.
A professora aposentada se disse feliz por ter conseguido seu objetivo, segundo sua filha.
"Ela disse que tinha uma lista de objetivos na vida, e que este era o último", afirmou a filha, Marjorie Carpenter.
Harriet Richardson Ames em foto sem data determinada. (Foto: AP)
Harriet tinha um certificado de professora que ganhou em 1931, após ter estudado dois anos na Keene Normal School, hoje Keene State College.
Com ele, deu aulas em uma pequena escola em South Newbury, e depois passou 20 anos como diretora de ensino na Memorial School, em Pittsfield.
Ao longo dos anos, ela foi tendo aulas na Universidade de New Hampshire, na Plymouth Teachers College e na Keene State para angariar créditos para conseguir o diploma de curso superior.
Mas, com problemas de vista, ela teve de parar com as aulas depois da aposentadoria, em 1971. Ela nunca teve certeza se tinha obtido os créditos necessários para garantir o diploma.
Seu antigo desejo por se formar oficialmente veio à tona quando um professor de cinema entrevistou-a, em 2008, para um documentário sobre o centenário do colégio, celebrado no ano seguinte.
A escola então resolveu revirar seus registros e descobrir se Harriet tinha direito ao tão desejado diploma. Durante um mês, os responsáveis trabalharam rápido e chegaram à conclusão que sim.
"Ela queria ser o melhor que ela podia ser", disse Norma Walker, coordenadora de um grupo que reune ex-alunos.
Segundo Norma, Harriet disse, durante uma visita recente que, se morresse no dia seguinte ao dia em que se formasse oficialmente, morreria feliz, porque seu diploma "estava a caminho".
Os responsáveis da escola entregaram o diploma a Harriet em sua cama, na última sexta.
Norma, que conheceu Harriet em 1997 em um encontro de ex-alunos, disse que gostava de ouvir a idosa falar sobre seus alunos e sobre como ela os encorajava a ler.
"Ela é o tipo de pessoa que todo pais gostaria de ter como professora de seus filhos", disse Norma.
Norma afirmou que vai ler o conteúdo do diploma de Harriet durante suas cerimônias fúnebres, no próximo sábado. "Isso se eu não chorar", disse.
Paula Finnegan Dickinson, ex-aluna de Harriet em 1956 e hoje também professora, lembra da idosa como uma mentora e uma amiga querida.
"Com seu entusiasmo, os personagens dos livros viviam", disse. "Ela nos mostrou como a leitura abria as portas para outras experiências que nós jamais teríamos conhecido."

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1464790-5602,00-AMERICANA+GANHA+DIPLOMA+DE+PROFESSORA+AOS+ANOS+E+MORRE+NO+DIA+SEGUINTE.html